O Sublinhador

Mudando o assunto do Manel, e para tentar aliviar a carga melancólica e nostálgica que ele gosta de incutir com os textos aos leitores do blog, venho falar de um assunto que tem sido bastante discutido pela malta nesta época de exames.

Refiro-me obviamente ao assunto dos sublinhadores.
Seja uma caneta preta, azul ou de feltro; lápis de carvão de cor ou de cêra; ou mesmo em casos de personalidades mais extremistas, a aguarela ou o guache, os sublinhadores invadem a época de exames de quase todos.

Se há objecto que transmite a personalidade de uma pessoa à sua sala de estudo, esse objecto é o sublinhador.
Aquele sublinhar de caneta, que passa uma postura completamente negligier, o marcador, que transmite uma imagem preocupada e esteticista, ou o lápis de cor ou de cêra que passa uma imagem mais bem humurada e infantil...
Todos estes são critérios para a escolha do sublinhador. No meu caso, sublinho ou a caneta ou a lápis de cor ou de cera, mas apenas por motivos de logística e memorização através das cores, não tentando transmitir nenhuma imagem em concreto. No entanto, tenho amigos que veêm no sublinhador um bom parceiro para a atracção da população feminina dos locais onde estudam.

Os de caneta combinada com folhas soltas são de longe os mais comuns, que desta forma transparecem um ar de rebeldia atractivo para a sala, seguidos pelos mais inocentes e preocupados que apenas utilizam marcadores como utensílio de estudo, sendo que os mais perigosos vêm em último, aqueles que se passeiam com caixas enormes e bem visíveis de lápis de cor, apelando à sensibilidade de todas as raparigas presentes, sabendo que uma caixa de lápis é sempre motivo para uma boa conversa.

Desta forma, o sublinhador é revelado um elemento crucial para alguém que ambicione transmitir discretamente uma importante caracterização sua a toda a gente, sendo uma escolha complexa e que requer o maior descerenimento e atenção de quem o faz.

Por isso, meus amigos, escolham o vosso sublinhador.